O primeiro mês, entre a emoção de ter tido um filho, as dores da cesárea, a choradeira das oscilações hormonais e a frustração de achar que nunca mais iria dormir mais que duas horas seguidas, foi superado ao entrar no segundo.
No segundo mês voltamos a nosso apartamento, colocamos Pedro a dormir em seu quarto e introduzimos uma rotina de mamada noturna que finalmente nos deixou dormir 5 horas direto a noite!
Mas ainda, os finais dos dias eram marcados por crises de cólicas que nos desesperava. Nos fazia chorar junto com o bebê, enquanto o embalávamos sobre um pano quente em sua barriguinha. As cochiladas diúrnas do pequeno eram ainda interrompidas por momentos de refluxo interno que o faziam acordar com caretas, e não voltar a dormir.
O terceiro mês, finalmente, o final das cólicas e diminuição dos refluxos! Já mexia as mãozinhas voluntariamente! Fomos ao México visitar os abuelos.
O quarto mês a babaceira e resmungos e... dois dentes! Com esse dois dentes, começamos a dar papinha e lhe dar fórmula com o leite materno.
Seu quinto mês, o início de sua independência: já ficava de gatinho e tentava suas primeiras engatinhadas,
para que agora, no sexto mês, já conseguisse passear sozinho por todo o apartamento, arriscando escalar móveis e ficar em pé.
A rotina do Pedro começa a ficar cada vez mais fixa e previsível. Isso é ótimo, pois consiguimos nos organizar para estudar, trabalhar, limpar a casa, comer, tomar banho etc etc... Pra que vocês tenham uma idéia, ele: acorda as 6h, mama, faz coco, brinca, dorme as 7h30, acorda as 8h30, come papinha, brinca, vamos passear, mama as 10h e dorme, acorda as 12h, almoça, brinca, mama e dorme as 15h, acorda as 16h, come papinha, brinca, vai passear no parque, toma suco e dorme as 18h até as 18h30, janta, toma banho, assiste algo com seus pais, mama e dorme as 20h30. Nada mal! Vamos ver até quando essa rotina fica assim... hehe
O grau de independência dele aumenta o meu grau de independência também! Mamando só uma ou duas vezes por dia no peito, consigo deixá-lo uma noite na casa dos avós, sem que tenha que tirar leite e estocar durante toda semana. Posso revezar com o Victor de cada um de nós cuidarmos de Pedro em períodos inteiros e alternados, deixando que nós dois consigamos trabalhar, estudar e curtir o Pedro tranquilamente. Perfeito!
É também o tempo que consigo voltar a uma rotina de academia e tentar recuperar um pouco do físico que tinha antes do nascimento do meu filho, pois nem todas somos Gisele Buncher que ganham a vida emagrecendo! hehe! Disponho pra quem queira uma planilha que eu, com a ajuda do meu maridinho lindo, fizemos no Excel pra ajudar a controlar um pouco a alimentação, baseando-se no cálculo calórico. Deixo aqui, pois procurei na internet e não encontrei nada que me agradasse, então fizemos uma. Na real eu queria algo que pudesse instalar no meu celular e levar comigo pra todos os lugares, seria legal, né? Alguém conhece algum aplicativo parecido para Nokia E71? (Vou tentar disponibilizar a tabela em anexo ou online).
Bom, faz tempo que queria escrever, só agora tive tempo e me inspirei. Espero que, para quem ainda não tem filhos, tenha dado uma ideia do que é para nós ter um filho e, para quem já tem, tenha se identificado com algo do que escrevi.
Beijo grande!
Lilian (e Victor, que não está aqui escrevendo comigo, mas certamente compartilha de minhas palavras).
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cer, nos quais não posso nem consigo interferir. Isso me deixa insegura, pois tudo que antes fazia pensando somente em mim, tenho que repensar e ver se interfere no modo que meu filh@ se desenvolve. Já sou mãe sem ser mãe ainda. É uma experiência singular.
